Quando soube que meu destino seria Fortaleza só consegui imaginar as praias, o calorzinho escaldante, as dunas de areia… Entretanto a cidade tem muito a oferecer para os viajantes, especialmente atrações que nos fazem conhecer a verdadeira cultura local. Meu roteiro foi projetado de um jeito diferente, acabei fazendo mais do que tomar um Sol acompanhado de água de coco, conheci uma parte essencial da história do meu país, adentrei a cultura do nordeste de um jeito lindo e pude sentir com clareza a importância de não visitar somente as praias de Fortaleza.

Não foi preciso de muito tempo para eu me apaixonar pelo Ceará, pelas praias e encantos de Fortaleza. A cidade tem muito mais a oferecer para os viajantes, especialmente atrações que nos fazem conhecer a verdadeira cultura local, como é o caso do Mercado Central de Fortaleza.

Comecemos pela ida, foi tudo tranquilo, de São Paulo são Xkm para serem percorridos em X horas se o voo não tiver conexões, tal decolagem acontece X vezes durante a semana e a dica é a mesma de sempre, compre com antecedência.

Minha chegada foi em uma quinta-feira à noite, dia típico na região para se deliciar comendo uma caranguejada, um prato LALALALALAL que custa em média Y reais! O local escolhido foi o Crocobeach, um complexo com hotel, piscinas e restaurante, localizado na Praia do Futuro, X minutos do aeroporto, com entrada gratuita. Com um espaço animado, noite de rasta pé com forró e alguns shows de humor, o quiosque se torna boa pedida para passar um dia inteiro ali.

DIA 1

COMO SE LOCOMOVER PELA CIDADE????????

Antes de qualquer coisa, vamos as compra! Aproveitei a manhã, enquanto o solzinho estava levemente escondido e comecei com uma visita à Emcetur – Centro de Turismo do Ceará, com uma arquitetura curiosa e uma história mais ainda, fui adentrando a estrutura. Antiga casa de detenção do estado, que com algumas reformas virou um centro de compras, o Emcetur se dividiu em celas de artesanatos, a maioria bordados, rendas, crochês, linho e muita castanha-do-caju! Tudo bem feito, na lojinha da Dona X os panos de prato saíam a X reais e muito sotaque para negociar o troco.

A segunda parada do meu roteirinho de compras foi no Mercado Central, o maior mercado de artesanato do país, na ativa desde 1931 e bem maior, com 5 andares de muitos produtos regionais como bolsas de palha, peças em couro, souvenires, redes de tricô, crochê, roupas no estilo praiana e comidas típicas (mais caju!). Separe algumas horas para vasculhar o lugar, tem muita variedade e você consegue pechinchar quando o quesito for o precinho, já que muitas lojinhas vendem a mesma coisa.

Uma das lojas que gostei bastante foi a Angélica Artesanatos, que têm artesanatos vindos de várias partes do Norte e Nordeste do Brasil – um tesouro da cultura nordestina.

Com o Sol não mais escondido e agora bem quentinho, peguei um protetor, uma malinha com bikini e segui para Aquiraz, uma praia linda, sem muitos visitantes, mar azul e vários bangalôs com cadeiras espreguiçadeiras para relaxar, sem contar que é point dos maiores casarões. O meu foco aqui foi alcançar o resort Dom Pedro Laguna, que fica há aproximadamente 1 hora de Fortaleza e em dias como este se torna um completo paraíso para quem quer relaxar, a ideia é passar o dia ou se hospedar pois ali o sistema é all-inclusive e além da vista para a praia e os lagos, tem um campo de golfe para os apaixonados pelo esporte. Conhecido por ser o único campo com 18 buracos do Ceará!

Procurando algo para fazer à noite em Fortaleza ou para incluir no seu roteiro? O Ceará Show não só vai te divertir, como também emocionar. Pra mim foi uma das surpresas mais especiais que descobri nessa viagem. Um musical fascinante, cheio de referências a cultura do cearense e a história do Ceará. Com certeza, uma bela forma de entender aquilo que já foi retratada na literatura brasileira diversas vezes, a seca do nordeste.

Fortaleza é uma cidade que oferece muitos atrativos para os turistas e você não precisa de muito tempo para perceber isso.

“O espetáculo é poesia sobre os palcos. Uma apresentação contagiante onde mitos e tradições ganham vida própria e a magia acontece. Prepare-se para esquecer o mundo lá fora e entrar em um mundo singular. A sua imaginação e seu coração vão sair do lugar.”

Ceará Show: um espetáculo imperdível em Fortaleza

A peça conta uma parte da história do estado do Ceará e retrata a vida de Moa, um jovem rapaz que decide fugir de casa após Cecília, o seu amor de infância, lhe contar que está prestes seguir para o sudeste do país com os seus pais.

Com o apoio e cumplicidade do avô, o Seu Dito, o sonhador protagonista entra em uma incrível aventura que lhe mostra diferentes faces do povo cearense.

No meio dessa jornada, Moa se depara com as riquezas de sua terra que ele desconhecia e vários personagens que construíram a história do Ceará. E assim o espetáculo te contagia, mesclando estilos como o musical, a comédia e o drama

O número de atores no palco impressiona, assim como as músicas, os bailarinos, a iluminação e toda produção que conduz esse musical de forma empolgante para quem está assistindo, fazendo com que um mix de sentimentos passe pela nossa cabeça e aqueça nosso coração.

É um espetáculo que diverte e emociona! Ao longo da peça eu me diverti, dei risadas e fiquei com os olhos cheios de água, com a forma tão linda e emocionante que eles contam a história desse povo batalhador que, apesar das dificuldades, sempre tem um sorriso no rosto – como eles mesmos falam durante a peça: sorrir é de graça! Sem falar na alegria contagiante que a gente encontra por aqui, um verdadeiro retrato do povo cearense.


Localização

O teatro onde você assiste ao Ceará Show é localizado no bairro de Meireles, na Avenida Abolição, 2323 – nas proximidades da Av. Beira Mar.

Horário

De quinta a sábado às 20h e aos domingos às 17h.

Valores

De R$ 90 a R$ 70,00 (estudante paga meia entrada).

O musical acontece de quinta a sábado, às 20h e domingo às 17h, e o valor é R$90,00 por pessoa. SITE E ENDEREÇO


DIA 2

ROTA

Já pensou em descobrir uma Rota especial de Café em pleno Ceará? O destino que encanta com suas praias maravilhosas, também surpreende com cafés reconhecidos mundialmente. Conheça a Rota Verde do Café, na Serra de Baturité.

Como já falei várias vezes aqui no blog, uma das coisas que mais me encanta no nosso Brasil é o contraste: de cultura, de histórias, de sabores e das diferenças da nossa gente. Na minha viagem para Fortaleza eu pude comprovar isso – mais uma vez.

Quem vem visitar a região pelas praias, pode não imaginar que a pouco mais de duas horas de Fortaleza encontramos um cenário totalmente diferente do que esperamos encontrar no Estado do Ceará. Se você gosta de fazer passeios diferentes, descobrir lugares novos e ainda ama um bom café, essa dica é pra você!

Conheça a Rota Verde do Café, no Ceará

A região, conhecida como Serra de Baturité, ou Maciço de Baturité, conta com uma área de proteção ambiental, abrangendo 32.690 hectares. Lá, há algumas décadas, a produção cafeeira já foi destaque mundial, com muita exportação para a Europa. Porém, o tempo e o desgaste do solo fizeram com que a tradição ficasse de lado.

O tempo passou e novamente o café voltou a ser a estrela da região. Lá existe o que se chama de Café Sombreado – que é literalmente o café cultivado a sombra da mata, conseguindo assim um perfeito equilíbrio que vai resultar em um dos melhores cafés do mundo.

Essa forma de cultivo vem tornando os cafezais produtivos e livres de produtos químicos. Segundo o Sebrae, que deu força para o projeto da Rota, “esse é um café puro, 100% arábica, colhido pelo pequeno agricultor de forma tradicional e artesanal dentro de um sistema sustentável capaz de gerar, ao mesmo tempo, preservação ambiental, emprego e renda, manter às tradições e o patrimônio cultural”.

Eu, que sou um amante de cafés e adoro conhecer sabores e aromas diferentes, já fiquei empolgado antes de embarcar para esse passeio, só de saber dessa iniciativa tão bacana, que valoriza o próprio povo, sua sabedoria e toda poesia que carregam consigo – e logo você vai descobrir porque eu falo isso.

Como é o passeio pela Rota Verde do Café

No dia do passeio, saímos de Fortaleza e viajamos por pouco mais de 100 km. Ao longo do caminho, passamos por uma área de sertão, onde a caatinga se faz presente, até chegar na área da Serra de Baturité – um trajeto de sinuoso, com muitas curvas, que nos levou até o primeiro sítio de café do dia.

Um contraste de paisagens indescritível, que mostra a diversidade do nosso país e nos faz pensar como, às vezes, conhecemos tão pouco dele.

Primeira parada: Sítio Águas Finas

A nossa primeira parada do dia foi no Sítio Águas Finas. Lá, fizemos uma trilha de 1.500 m, aproximadamente, com subidas e descidas por um terreno irregular – mas pode ficar tranquilo, ela é fácil e segura de ser percorrida…. mas não esqueça de ir de tênis!

Ao longo da trilha podemos ver a plantação de café, onde enxergamos pontinhos coloridos que futuramente serão grãos torrados e moídos para dar sabor e aroma a uma das bebidas mais consumidas no Brasil e no mundo.

Quem acompanhou nossa visita foi o proprietário e guia da fazenda, o Coronel Francisco Uchôa. Desde 1939 a família cultiva o Café Guará, que vem aprimorando grãos e formas de beneficiamento, conferindo qualidade à marca.

Outro personagem que marcou nosso passeio foi o Chiquinho, um cearense muito simples e humilde, mas de uma sabedoria imensa.

Dá para perceber que ele fala com muito amor e conhecimento sobre o processo do café. Uma maneira diferente e emocionante de conhecer a atração – daquelas que enriquecem a experiência!

Ao longo do passeio, vemos várias placas pelo caminho que contam a história da região e do processo do café. É um passeio por dentro da mata, que nos conecta com a natureza e nos reserva surpresas emocionantes.

No final do passeio, podemos ver como funciona a secagem e a torra dos grãos de café – são os diferentes tipos de torra que vão determinar as variedades que conhecemos por aí.

O Sítio Águas Finas já participou de vários concursos e seus cafés estão se destacando entre os melhores do Brasil – já pensou vir pro Ceará e de quebra ter essa experiência maravilhosa?

Segunda Parada: Sítio São Luís

Nesse mesmo dia, visitamos um segundo lugar de plantio de café no Ceará, o Sítio São Luís. Lá, eles possuem um casarão de arquitetura imponente que chama a atenção de longe.

Com uma varanda cheia de colunas, herança dos tempos áureos do café na Serra do Baturité, o casarão do Sítio São Luís nos releva um lugar mais simples do que você pode estar imaginado: uma verdadeira casa de fazenda de uma família onde todos tinham de trabalhar.

E o mais incrível: a casa é habitada! Não é apenas um museu ou atração, mas sim a moradia da família que leva a vida naquele lugar. Hoje eles plantam café e também recebem os viajantes de portas abertas, fazendo um passeio guiado pela propriedade, contando suas histórias e como se envolveram com o café e com a Serra de Baturité.

A Laura, que nos acompanhou durante o passeio, contou suas histórias de forma emocionante e cativante – não espere por uma explicação resumida, a Laura conta sua história com gosto e detalhes riquíssimos.

Ela ainda ressalta que tudo o que ela sabe não foi aprendido ou lido em livros, mas sim, foi ouvindo o que a sua bisavó Carmen contava. Eu, particularmente, acho que ela aprendeu como a contar histórias com a bisavó também, fiquei encantado!

E para fechar o passeio com chave de ouro, um café maravilhoso esperava por nós no final do passeio. E não só eles, como também bolos e doces da fazenda, sem falar no pão maravilhoso – que me deixa com água na boca só de lembrar.

Tudo muito simples e caseiro, mas super aconchegante e cheio de carinho. Para completar a experiência, no momento em que eles serviram o café, foi ligado um rádio antigo, daqueles com toca discos, que deixou tudo mais especial.

Esse clima nostálgico, o café delicioso e tudo o que ouvimos ali, me fez ter a vontade de ter passado um dia inteiro naquela casa, curtindo cada cantinho e descobrindo mais sobre a história dessa família tão interessante!

E foi assim que o nosso passeio chegou ao fim. Infelizmente não tenho como divulgar pelo blog aquele cheirinho de café. Mas se você está planejando sua viagem para o Ceará e ficou empolgado, aqui estão algumas dicas de como fazer esse passeio:

Como visitar a Rota Verde do Café

Bom, você pode ir até a Serra de Baturité por conta própria ou contratar uma agência que ofereça esse passeio. Indo por agência, você vai fazer um bate-volta de 1 dia saindo de Fortaleza – pelo menos na maior parte dos casos.

Se você tiver tempo, eu recomendo tentar dormir uma noite em uma das pousadas da Serra – assim o passeio não fica tão puxado e você consegue curtir mais o clima da região.

A Rota Verde do Café está localizada dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APA) da Serra de Baturité no Ceará, contemplando os municípios de Baturité, Mulungu, Pacoti e Guaramiranga.

A Serra está a uma distância aproximada de 100 km de Fortaleza, com acessos pela BR-020 com CE-253, CE-065 ou ainda CE-060

Informações sobre os sítios visitados:

Caso você decida ir por conta própria, aqui vão algumas informações úteis:

Para visitar o Sítio Águas Finas

Sítio Águas Finas abre diariamente, das 7h às 17h. Para agendar sua visita, acesse o site oficial para entrar em contato: Site do Sítio Águas Finas.

Para visitar o Sítio São Luís

O Sítio São Luís é aberto à visitação aos sábados e domingos, das 10h às 17h. As visitas históricas guiadas acontecem em 2 horários: às 11h da manhã e às 15h da tarde.

No site oficial você encontra informações sobre valores e contatos para agendar sua visita: acesse o site oficial.

Espero que tenha gostado do post e se animado para conhecer esse lado diferente do Ceará. Se ficou alguma dúvida ou se você já fez esse passeio e quer compartilhar suas experiências, é só deixar uma mensagem aqui nos comentários. Valeu!

A Rota Verde do Café e a tradição cafeeira no Ceará

A trilha sobe o morro em meio a mata atlântica. Entre os arbustos de vários tamanhos, enxergamos os pontinhos coloridos. Alguns, ainda amarelinhos e miúdos. Outros, vermelhos e brilhantes. Esses já estão prontos para a colheita. Depois de um processo que durará dias, eles se transformarão em grãos torrados e moídos e, depois, diluídos em água quente, virarão a bebida mais consumida do Brasil depois da água. Estamos no Maciço do Baturité, um lugar que, para quem é de fora, pouco lembra a imagem clássica que se tem do Ceará – aquela das falésias e horizontes azuis. É lá que fica um lugar cheio de história e aroma.

No Maciço do Baturité, uma região serrana que abriga uma área de proteção ambiental a pouco mais de 100 km de Fortaleza, as plantações de café se espalham pelo solo desde o fim do século 18. A produção cafeeira da região já foi destaque mundial. No século 19, era do Ceará que saía todo o café brasileiro exportado para a Europa – Dom Pedro II até mandou fazer uma ferrovia para escoar a produção lá por 1880. Mas, com o tempo, o solo foi se desgastando e a tradição ficou de lado. De uns tempos pra cá, as coisas mudaram.

Uma parceria entre o Sebrae e os produtores locais nasceu para resgatar o plantio do café com foco na agricultura familiar e impacto socioambiental reduzido. Em outras palavras, agora o estado está investindo mais em divulgar o café produzido pelas fazendas locais e as cidades onde elas ficam. Assim, quem ainda se dedica à tradição ganha uma forcinha dos turistas que tanto amam o Ceará. A Rota Verde do Café passa por Guaramiranga, Mulungu, Pacoti e Baturité, cidades fofíssimas que têm aquela atmosfera de interior e que merecem tanta atenção quanto os cenários paradisíacos do litoral.

O primeiro diferencial das cidades da rota é o clima. Ao contrário do que julga o senso comum, faz frio no Ceará sim. O termômetro chega a marcar 16 graus à noite por ali. É que a serra fica mais ou menos 900 metros acima do nível do mar.

Quem sai de Fortaleza rumo às plantações de café terá mais surpresas pelo caminho. No Ceará, o café é plantado à sombra dos ingazeiros, uma espécie comum na floresta amazônica. Além de proteger os cafezais do sol, o ingá atrai a broca, uma praga arqui-inimiga do café. E as árvores ainda enriquecem o solo para as frutinhas vermelhas crescerem saudáveis. Isso sem contar a maravilha científica que é perceber o encontro da mata atlântica com a floresta amazônica em pleno Ceará, né?

Ok, mas como eu faço para conhecer uma fazenda cafeeira no Maciço do Baturité? Durante a minha estadia no Ceará, em junho de 2018, eu conheci dois lugares que fazem parte da Rota Verde do Café.

No Sítio Águas Finas, o proprietário e guia Francisco Uchôa leva você pessoalmente para uma voltinha por entre os 7 mil pés de café morro acima. O passeio demora duas horas, e você pode experimentar a frutinha madura, que tem um gosto muito diferente do da bebida quente.

Francisco Uchôa também vai te mostrar como é a secagem do grão ao sol, e depois os vários processos da torra, quando a mágica acontece. A cada etapa, o café ganha uma cor e um cheiro diferente, e é por isso que há tanta variedade de cafés por aí – cada produtor tem seu segredinho na hora de produzir.

Já o Sítio São Luís, em Pacoti, é praticamente um museu e conta em suas paredes a história das famílias tradicionais que habitaram a região nos últimos 200 anos. Para conhecer o casarão, o ingresso custa R$ 20. Mas o que vale mesmo é o café com bolo (tudo produzido ali), que sai por mais R$ 15.

O passeio completo pela Rota Verde do Café também passa pelo Sítio São Roque, em Mulungu, e pela Fazenda Floresta, em Guaramiranga, com uma paradinha no Museu Ferroviário de Baturité e o Mosteiro dos Jesuítas, uma construção esplendorosa na zona rural de Baturité

O segundo dia no Ceará foi bem diferente, conhecemos o interior do estado, mais precisamente o menor município do Ceará: Guaramiranga, que tem 4 mil habitantes! É uma cidadezinha bem graciosa, tem essa rua cheia de casas coloridas que é um charme.

Antes de aportarmos por lá, passamos pelo Sítio Águas Finas no caminho, que faz parte da Rota Verde do Café, onde pudemos conhecer mais sobre a produção de um dos cafés da região, da família Uchôa, que acabou ganhando prêmios no exterior por sua qualidade e forma de produzir o café, trazendo turistas para o local. Fizemos uma pequena trilha para conhecer a plantação e a história do café com surpresas no meio do caminho, foi muito bacana. Conhecemos a “Barriguda”, uma árvore que tem mais de 200 anos e é a atração do lugar. Diz a lenda que a mulher que encostar a barriga nela engravida… fica a dica pra quem quiser. Essa espécie fica ali na Serra de Baturité (onde estávamos), o único ponto do Brasil em que há o encontro da Floresta Amazônica com a Mata Atlântica.

Já em Guaramiranga, conhecemos mais um sítio que faz parte da Rota Verde, o Sítio São Luís, onde fomos recebidos com muita história e um belo café da tarde, com direito a esse bolo de café com cobertura de chocolate (de comer rezando!), pão e ricota caseiros, geleia de frutas da estação e o delicioso café produzido por lá. É uma visita paga, que pode ser agendada no site ou com uma agência de turismo, que no nosso caso foi a Ernanitur Ceará.

A cidade é muito procurada no inverno por apresentar as temperaturas mais baixas do Ceará, sabia? Além de ser o lar de um dos maiores festivais de Jazz & Blues do país. Por encontrar-se na serra do Maciço de Baturité, as temperaturas por lá podem chegar a 12ºC no inverno! É ali que os cearenses e turistas podem comer um fondue com vinho…

DIA 3

O terceiro dia foi dedicado a uma das maiores e mais procuradas atrações de Fortaleza: o Beach Park! Eu ainda não conhecia e me esbaldei. Confesso que fiquei com medo de ir no Insano (o brinquedo mais radical de todos) e no Vaikumtudo, e acabei fazendo um circuito de brinquedos mais leves… mas tem para todos os gostos e medos!

O parque fica na praia de Porto das Dunas, em Aquiraz, a 26 km de Fortaleza. É considerado o maior parque aquático da América Latina. No complexo, além das praias, há resorts e vários lounges e restaurantes para aproveitar o dia todo. Dentro do parque tem a opção de buffet self-service, uma boa opção se não quiser sair e comer num dos restaurantes da praia. Mas eu recomendo comer fora, num dos quiosques, para sentir o clima do Ceará e tomar um drinque ouvindo uma boa música ao vivo. O ingresso para o parque custa R$ 225,00 adultos e R$ 215,00 pra crianças. Nesse post tem várias dicas sobre o Beach Park. Se for ficar mais tempo para curtir só o parque, há o passaporte para 3 dias, com preço bem interessante, confira aqui.

Brinquedos do Beach Park: diversão para toda a família

O Beach Park conta com mais de 18 atrações aquáticas, que são classificadas em categorias como radicais, moderadas e para toda a família. O que diferencia uma categoria da outra é questão de idade, altura, peso e demais características que podem ser exclusivas de um brinquedo em específico – mas pode ficar tranquilo, no Beach Park a diversão é garantida para todas as idades e estilos de viajantes.

Confesso que não fui em todos os brinquedos, afinal um dia é pouco para aproveitar tudo que esse lugar incrível tem para oferecer. Mas já adianto que eu amei os brinquedos de boia! O Atlantis, da categoria moderada, foi um deles.

A atração é inspirada nas histórias de Atlantis, em que as ninfas e fadas desciam pelo Rio Yapo para se banhar no mar de Afrodite e aumentar a sua beleza. Se aumentou minha beleza, não sei. Mas foi muito divertido descer com a boia pelos 71 m de comprimento do brinquedo – fui umas três vezes nesse brinquedo.

Outros brinquedos que fui e gostei muito foram o Vaikuntudo, Kalafrio e o Arrepius. Pelos nomes você já deve ter identificado qual a categoria que eles fazem parte, né?! Sim, são todos radicais, com boias, muita adrenalina e emoção!

Confesso que faltou coragem para ir em uma das atrações mais famosas do parque, o Insano – com altura equivalente a um prédio de 14 andares, onde você escorrega e pode atingir mais de 100km/h e seu corpo chega a descolar do brinquedo.

Juro que eu queria contar a minha experiência – marrr nunquinha que eu vou num trem desses. Se você já foi, deixa uma mensagem nos comentários, vai que eu me encorajo para ir numa próxima – ahammmm!

Espaço Cabanas

Uma dica bem legal que eu queria dar para você que vai passar um ou dois dias no Beach Park são os chalés reservados que ficam no coração do parque e servem para você descansar durante uma atração e outra. Você pode locar esses espaços durante a sua estadia e contar com a comodidade e o conforto de ter uma área para relaxar, se hidratar e se preparar para voltar às aventuras que o parque reserva.

Eu fiquei em um dos maiores, porque estava com um grupo grande de pessoas, e achei que valeu super a pena! Foi essencial para intercalar entre um brinquedo e outro. E também para guardar a mochila. Aqui fica uma dica extra: com esses espaços você pode economizar em armários, que devem ser locados pelo dia, também!

Depois de curtir um dia relaxante no parque, à noite fomos conhecer um lugar lindo e bem bacanudo, o Moleskine Gastrobar. Fica numa rua com outros bares e restaurantes famosinhos da região, tem um ambiente super agradável, gente bonita e gastronomia de primeira. Peçam a caipirinha de Cajá e os dadinhos de tapioca!

DIA 4

O dia começou com passeio por Beberibe, parada no Hotel Parque das Fontes para conhecer sua estrutura e os arredores e almoço na barraca Chega Mais Beach, para depois partirmos para o ponto alto do roteiro, o passeio de Buggy em Canoa Quebrada, que fica no município de Aracati.

Em Beberibe pudemos apreciar as lindas falésias dignas de filmes, aquela paisagem super fotogênica, e só faltou mesmo o sol para ficar perfeito. Depois tivemos um almoço gostoso na barraca Chega Mais Beach e passeamos pela praia de Canoa Quebrada. Seguimos para o passeio maravilhoso de buggy! Foi muito divertido, já adianto que mesmo pedindo sem emoção, o bugueiro vai fazer sua vida ficar bem emocionante, te levar nas dunas mais altas, e cair por terra abaixo. Eu amei! Mas claro que ele percebeu que a gente estava gostando, quem tem medo precisa avisar antes. O passeio custa R$ 240 para 4 pessoas e fizemos com o bugueiro Fabio Costa (do Buggy Rosa)! (Contato: fabiocosta26@yahoo.com.br | +55 88 99653 2623)

Depois me joguei na tirolesa, claro! Tem 300 metros de extensão e também faz parte de uma das paradas do passeio de buggy. A maior, que foi a que fui, custa R$18. A mais curta, que cai na água, é R$10 e o esquibunda R$8. Com o calor do Ceará, cair na água é a melhor parte, vá em todas se puder!

Para finalizar, fizemos todos os passeios com a @ernanitur, que também foi responsável por todos os transfers durante a viagem, foram ótimos e muito atenciosos do início ao fim.

Conhecido mundialmente, o Beach Park fica em Porto das Dunas, localizado em Aquiraz – a 20 km de Fortaleza. Com uma história de mais de 30 anos, o parque cresceu e virou referência no turismo do Ceará. A estrutura conta com mais de 20.000 m² que une o parque aquático, três resorts e um hotel, além de um espaço na praia, onde os visitantes podem ter uma inesquecível experiência gastronômica – só de ler isso você já deve imaginar como esse lugar é grande!